terça-feira, 3 de junho de 2014

Psicologia Existencial

Autores: Cristina Batista; Larissa Ferreira; Luciane sores; Rayane de Melo.

O termo existência, essência é o princípio fundamental do Existencialismo, doutrina filosófica que trata da reflexão sobre a existência humana, centrado numa análise do homem em particular e individual. “[...] O existencialismo seria menos uma doutrina, no sentido próprio do termo, do que um filosofar, uma maneira de o homem se expor a si mesmo, reconhecendo-se autenticamente nesse ato”. (PENHA, 1996, p. 13).

Segundo Penha, o Existencialismo pode ser visto também como um fenômeno do pós-guerra, uma vez que as ideias Existencialistas ganharam força e se propagaram rapidamente pelo Continente Europeu no período da Segunda Guerra Mundial, quando a humanidade sofreu uma grande transformação. Estendeu-se pelo resto do mundo e se fortaleceu, visto como compreensão e esclarecimento para o momento crítico vivido não apenas como uma corrente de pensamento, mas também como um estilo de vida.
O emprego arbitrário do vocabulário “existencialista” acabou, assim, por transforma-lo num dos mais equívocos do léxico filosófico. Não é fácil, portanto, num trabalho introdutório, defini-lo em todos os seus aspectos e nuances, despojando-o das ideias preconcebidas e fantasiosas que ainda hoje cercam. (PENHA 1996, p.9).
O Existencialismo pode ser dividido entre duas linhas de pensamento: o cristão, que aborda as ideias de Kierkegaard, Marcel e Jaspers, e o ateu, que preconiza as ideias de Heidegger, Satre e outros filósofos franceses, além da incorporação da “fenomenologia” de Edmund Husserl.
Para Heidegger, a única certeza é a de que o homem existe, e, que é o único ser capaz de se angustiar. Essa angústia, segundo ele, é resultante das suas limitações temporais e da falta de controle sobre o futuro. É ela que revela a autenticidade do seu ser: “- A angústia revela o ser autêntico, e a liberdade leva o homem a escolher a si mesmo e governar a si mesmo. E é na morte – última situação limite do homem - que ele se totaliza, não podendo jamais experimentar a morte alheia”.
Já para Sartre, ao contrário dos animais, no homem, a existência precede a essência, pelo simples fato de que ele é livre. A cada momento ele tem que escolher o que será no instante seguinte. Não há como fugir dessa escolha, pois a recusa em escolher, já é uma escolha. O homem deve ser inventado todos os dias.
No entanto, os que mais se destacaram foram Jaspers e Marcel, pela escolha individual e concreta da existência humana como base de suas reflexões.
O existencialismo pode ser considerado assim, um conjunto de ideias que coloca no ser humano a responsabilidade por se construir e por seus atos. Não há desculpas e justificativas para nossas ações. O que somos ou o que fazemos não é produto de nossa infância, de nossa criação, do destino ou da divindade. Estamos sozinhos, lançados no mundo, para nos inventar, pois não há nada anterior à nossa existência para definir o que somos. O existencialismo é uma doutrina de ação, onde a angústia e o desespero são um ativo que impulsionam o homem a agir.

Referências:

PENHA, João da. O que é existencialismo. 12 ed. São Paulo: Ed. Brasilense, 1996, 88p.


ANGERAMI, Valdemar Augusto-Camom, Vanguarda em Psicoterapia Fenomenologia-Existencial. São Paulo, Pioneiro Tomson Leaming, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário