Autores: Eliane Ferreira da Silva; Fabiana Alves; Gabriela Nunes; Jacqueline
de Oliveira Dutra; Karen Ferreira.
A teoria da Psicologia Humanista teve seus fundamentos primários
originados no início da Idade Moderna a partir dos princípios basilares do
Humanismo. Este movimento surgiu como resposta a uma necessidade do homem de
compreender-se como um ser pleno. Esse questionamento surgiu após o homem ter
sentido os baques que lhe tiraram a ilusão sobre o antropocentrismo (o homem
como o centro do mundo) e ver cair por terra a teoria e prevalência dos valores
religiosos que sustentavam o Teocentrismo (Deus como o centro de tudo).
Nasce assim o Humanismo, uma resposta de ruptura, com essa visão
de antes e de uma necessidade de afirmação e de existência. Esses
acontecimentos de percepção do homem diante da vida começaram a borbulhar no
pensamento vigente na época do Renascimento. Acontece então uma mudança súbito
na maneira do homem de perceber a si próprio: o homem conscientiza-se de sua
capacidade de atuar e de modificar a realidade a sua volta, deixando de lado o
papel de agente premido por limitações diante da sua vivência no mundo. O homem
passa, então, a questionar, a pensar por si próprio, a buscar respostas,
surgindo novas posturas, o senso de liberdade e a auto expressão.
Nasce a teoria da Psicologia Humanista, que surge de duas
correntes de pensamento emergentes da época: A Escola Americana e a Escola
Europeia. Como precursores da Psicologia Humanista destacam-se Abraham Maslow,
Carl Rogers (escola americana) e Henri Louis Bergons (escola europeia). Todas,
de maneira convergente, criticavam os modelos mecanicistas e finalistas.
Na evolução da Psicologia, identificamos três momentos distintos:
em primeiro lugar a revolução que gerou o Behaviorismo (1913), que teve como
grande protagonista B. F. Skinner. O Behaviorismo de Skinner era uma Ciência
radical, que contestava a existência da consciência, da alma e da mente.
A segunda revolução aparece por idealização de Sigmund Freud (1856
– 1936) que dividia o psiquismo em três partes: o Id – Ego – Superego. Teoria
voltada ao inconsciente que minimizava a consciência, levando a entender que o
homem era um ser comandado pelo seu inconsciente, não sendo, portanto, senhor
de seus desejos, sentimentos e ações.
A terceira revolução, ou a terceira força, é a Psicologia
Humanista, que desponta nos meados do século XX, com a missão de romper com
estas duas escolas de pensamento: mecanicista e determinista. A teoria
Humanista tem o intuito de fortalecer sua importância na Psicologia Acadêmica,
mas seus pressupostos eram centrados na consideração da vida humana, em que o
ser humano possui uma dinâmica em cada fase de sua vida de alcançar certo grau
de realização, formando um ser pleno e integrado em constante evolução para
compreensão de sua totalidade.
Referências:
ELIADE, Mircea. O Sagrado e
o Profano. Tradução Rogério Fernandes. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1992.
GOTO, Tommy Akira; GIANASTACIO, Vanderlei. A Transcendência Divina na Vivência do Homem: Perspectiva da
Psicologia Humanista-Existencial. Disponível em:
HTTPS://www.metodista.br/ppc/correlatio/correlatio03/a-transcendencia-divina-na-vivencia-do-homem-perspectiva-da-psicologia-humanista-existencial.
Acessado em 26/04/2014, 20h00minh.
KAHHALE, Edna; M. Peters (Org.). A Diversidade da Psicologia: Uma Construção Teórica. São Paulo:
Cortez, 2002.
SCHULTS, DuaneP;
SCHULTS, Sidney Ellen. História da Psicologia
Moderna.
São Paulo, Ed. CENGAGE, 2013.
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